A experiência on-line é sempre atraente. Na era da comunicação digital, onde cada vez mais as pessoas preferem assistir a um vídeo do que ler um artigo, os vídeo learning ou vídeos instrucionais tornaram-se exigência para desenvolvimento de pessoas e existem inúmeros recursos para publicar conteúdo para serem acessados de forma remota.
A educação corporativa é parte da estratégia da empresa e o uso de videoaulas, além de ser o meio mais rápido e fácil tanto para disseminar a conduta e valores da empresa quanto para treinar sobre um novo produto, pode trazer aumento da produtividade auxiliando no alcance de metas.
Investir em vídeos no ambiente de treinamento aumenta a satisfação de funcionários, parceiros e colaboradores, diminuindo índices de rotatividade. Também é uma forma de otimizar recursos frente o treinamento presencial, onde normalmente há materiais impressos e necessidade de deslocamento, especialmente quando há pessoas da equipe espalhadas em várias regiões.
Pontos críticos para o desenvolvimento dos vídeos para treinamentos corporativos
Projeto: escreva em poucas linhas em que consiste o curso e qual o perfil da audiência (idade, interesses, expectativas, limitações, nível de conhecimento prévio, etc.). Defina quem serão os produtores, os instrutores e quem vai editar vídeo.
Público-alvo: para quem é o curso? A dica é criar uma persona, ou seja, definir o público através de um personagem com nome, idade, personalidade e hábitos. Descreva-o com detalhes e pense em como desenvolver o curso pra ele. Isso vai ajudar na linguagem a ser adotada.
Objetivos: discorra sobre as necessidades do treinamento e defina metas de aprendizagem (o que quer alcançar com o curso). Lembre-se de que a informação deve ser transmitida de forma simples e compreensível e que o resultado deverá ser mensurado com avaliações para os alunos.
Formato: videoaulas com instrutor, com apresentador, animações ou vídeos interativo? Avalie a escolha do melhor formato, mas também considere mesclar alguns aspectos específicos de cada opção para obter os melhores resultados para seu treinamento.
Roteiro: o script é imprescindível para a elaboração e estruturação do conteúdo de suas videoaulas. Ele é o guia que organizará suas estratégias e indicará o ritmo de suas aulas, além de conduzir . a produção do vídeo, organizar as falas, a inserção de legendas e os movimentos de câmera (se houver). O roteiro também define o tempo de cada módulo do curso.
Narrativa (storytelling): trata-se de ensinar de maneira fluida e, por que não, lúdica. Toda boa história tem seus próprios personagens, dramas e desfechos – essa estrutura ajuda no engajamento porque tendemos a nos conectar com histórias. Se possível, compartilhe estudos de caso e histórias reais.
Módulos: determine em quantas partes será feito o curso. Isso é importante para que o aluno possa avançar e voltar para trechos específicos e revisar partes que mereçam reforço ou uma revisão mais completa para o perfeito entendimento.
Plataforma: eleja qual plataforma será usada para distribuir o vídeo. Priorize uma distribuição que atenda qualquer equipamento, sobretudo em tecnologia mobile já que o acesso ao conteúdo deve ser facilitado.
Recursos: o envolvimento do treinando é que vai garantir a boa comunicação e entendimento da mensagem. Por isso, além da presença humana (instrutor), considere o uso de recursos gráficos como ícones, fotos e infográficos. Neste caso, confira os recursos financeiros disponíveis para a edição.
É bom lembrar que na hora de gravar alguns instrutores, gestores ou especialistas precisam de script, outros apenas de um breve esboço ao lado da câmera. Há também o recurso do teleprompter, uma ferramante interessante para garantir que o texto se transforme em uma fala mais fluída e natural durante a gravação – mas fique atento, pois este recurso também exige treinamento do apresentador para que a interpretação do texto não soe falsa.
Subtítulos: vários vídeos no YouTube aparecem sem áudio, usando apenas texto na tela. O vídeo é mais poderoso com o áudio, mas pode ser interessante colocar subtítulos para quem quiser assistir sem o som em ambientes coletivos.
Tamanho: a dica é fazer vídeos curtos porque são menos cansativos e mais eficientes. Se você tem muito a dizer, separe seu material em capítulos de 5 a 10 minutos e depois junte-os nos módulos.
Data e local: importante definir um espaço onde o vídeo será gravado e um prazo para finalização. O escritório da empresa é uma opção, mas está sujeito a interferências de som vindos do ambiente. Ao ar livre pode ser uma boa mudança, mas em qualquer escolha garanta uma luz uniforme por todo o curso.
Mensuração de resultados: avaliação do aluno por entrevista presencial ou online, provas técnicas ou sugerir a realização de um projeto baseado no curso.
Estrutura básica de uma videoaula
Comece o vídeo apresentando o especialista e depois diga aos alunos o que eles vão aprender. Em seguida, mostre as instruções. Finalmente, através de um resumo, conte aos alunos o que eles acabaram de aprender.
Em uma estruturação básica há a introdução com boas-vindas, a teoria (modelo pedagógico de como se dará o aprendizado) e a garantia das práticas, ou seja, opção para que os alunos possam implantar os conhecimentos na empresa.
Para completar: principais diferenças entre aprendizado x treinamento
O aprendizado consiste em equipar uma pessoa de conhecimento para que ela se desenvolva e crie formas de enfrentar com criatividade os problemas atuais e futuros. O aprendizado se dá pela absorção de informações. O objetivo é fornecer ferramentas que, ao longo da vida, possam melhorar suas habilidades em resolução de problemas.
O treinamento tem como foco o desenvolvimento de novas habilidades como realizar as operações do dia-a-dia, saber como funciona seu departamento ou como operar as ferramentas do trabalho para desempenhar suas responsabilidades.
Por meio do treinamento ensina-se ao funcionário como as coisas são feitas para que eles possam realizar um processo por conta própria.
Equipe Take 5